Dica n.º 45 - Sexta, 01.06.2001
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Complemento nominal x adjunto adnominal

Não é difícil compreender-se a distinção de emprego entre esses dois termos da oração. A diferença básica entre eles é a essencialidade de um (complemento nominal) e acidentalidade do outro (adjunto adnominal). Vejamos:
· Complemento nominal - É imprescindível para o sentido da oração estar completo. Ex.: "João ficou à disposição". A pergunta inevitável é: de quem? A resposta (da empresa, da Justiça, da família, etc.) é um complemento nominal, porque completa o sentido de um nome (à disposição). Outros exemplos: "Faz tempo que não tenho notícia de Joaquim" e "Sou favorável à sua promoção". Os termos assinalados completam o sentido de nomes (notícia - substantivo - e favorável - adjetivo). O complemento nominal pode ser até uma oração, classificada como "subordinada substantiva completiva nominal", que completa o sentido de um substantivo, adjetivo ou advérbio da oração subordinante: "Tenho esperança de que ele venha". A oração subordinada completa o sentido do substantivo esperança. Repare que esse tipo de oração é sempre introduzido por uma preposição, clara ou subentendida (no exemplo, a preposição "de").
· Adjunto adnominal - É termo acessório e determina ou qualifica nome substantivo. Pode ser retirado sem prejuízo do sentido geral do texto: "O pai de João viajou". Se retirarmos os adjuntos, a oração reduzir-se-á a "Pai viajou", que, de certa forma, ainda mantém o sentido geral da frase. Outros exemplos: "A Divina Comédia é um livro notável", "Comprei dois copos" e "Abri o grande portão de madeira". Uma oração inteira também pode funcionar como adjunto adnominal: "O Ronan, que trabalha aqui, não se encontra no prédio" (oração subordinada adjetiva explicativa) e "O Ronan que trabalha aqui não se encontra no prédio" (oração subordinada adjetiva restritiva).

Leia mais em:
Dicionário gramatical da língua portuguesa, de Celso Pedro Luft.
Glossário gramatical, verbete "Complemento nominal", neste saite.
Gramática metódica da língua portuguesa, de Napoleão Mendes de Almeida.
Nova gramática do português contemporâneo, de Celso Cunha e Lindley Cintra.

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