|
Você sabia... que a palavra latina
vagina, que significava “bainha” (de uma espada,
por exemplo), evoluiu foneticamente – isto é, transformou
sua sonoridade – até chegar à forma atual, bainha,
com o mesmo significado?
A esta altura, você deve estar se perguntando: ué,
mas e a atual “vagina”, de onde veio? Como aconteceu
com muitas outras palavras, os estudiosos da língua, a partir
do Renascimento português (século XVI), retiraram do
fundo do baú centenas de palavras latinas e as introduziram
no léxico
com significados um pouco diferentes. Assim, vagina foi
resgatada com o significado atual e, convenhamos, o canal feminino
não deixa de ser bainha, não é?
Processo semelhante aconteceu com cathedra, que evoluiu
para “cadeira”, móvel para sentar. Muito depois,
os sábios recuperaram o vocábulo latino (por sua vez,
originário do grego), que entrou para a língua
portuguesa com o significado mais usual de cadeira acadêmica,
disciplina universitária. É interessante notar que
em latim cathedra tinha ambos significados. Assim, o português
ficou com os dois: cadeira e cátedra.
o0o
|
|