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Você sabia... que, na pronúncia
popular – e mesmo na coloquial
das pessoas escolarizadas –, a redução de ditongos
a um só fonema (por exemplo,
ou ® o) é
muito antiga, remonta ao latim?
O “povão” romano (e imperadores também)
cometia esse atentado contra a língua culta ao dizer, por
exemplo, “plostrum” no lugar de plaustrum (carro
de duas rodas ou carreta para transporte). Com o uso, plostrum
também acabou aceito, pois é o povo quem faz a língua.
Esse fenômeno é uma das tendências da língua
portuguesa, como vemos nos seguintes exemplos: ouro>oro, couro>coro,
tesoura>tisora, louro>loro, etc. Essas pronúncias são
muito difundidas, embora as pessoas escolarizadas, na escrita, sigam
a norma ortográfica oficial.
Um documento latino preciosíssimo, o “Appendix Probi”
(Apêndice de Probo), é lista de palavras em sua forma
culta ao lado das correspondentes formas populares, que não
deveriam ser empregadas. Ao observar-se a lista, vê-se nitidamente
que as formas populares, de modo geral, acabaram prevalecendo no
português.
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