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Você sabia... que muitos adjetivos
da língua portuguesa estão mais próximos da forma
latina do que da do substantivo vernáculo
com que se relacionam pelo significado? É o que acontece, por
exemplo, com “ocular” (globo ocular, testemunha ocular)
e “oculista” (médico oculista), ambos relativos
a olho, órgão da visão humana. Então,
por que não se diz “globo olhar”, “testemunha
olhar”, “médico olhista”, já que essas
expressões referem-se a olho? Aí é que está
a importância de se conhecer o que houve lá atrás,
na origem da língua.
Em latim, a palavra correspondente a olho era oculus, que,
por sucessivas transformações fonéticas
(a partir da forma
flexionada oculum), chegou, em português,
ao nosso “olho”. Os sábios e estudiosos da língua,
ao criarem palavras para atender à evolução técnica
e científica da sociedade, recorrem freqüentemente ao
grego e ao latim. Foi justamente o que aconteceu com “ocular”,
“oculista” e, é claro, com “óculos”
também, formas
eruditas recuperadas no baú latino.
o0o
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