Você sabia... que os exemplos
mostrados abaixo, que ora circulam na internet, são
casos de etimologia
popular? Essas frases têm origem em outras, que
não foram entendidas corretamente e produziram formas
modificadas por analogia a palavras e expressões então
conhecidas. Vejamo-los:
• - Forma resultante – "Batatinha quando
nasce, esparrama pelo chão.”
- Forma original – “Batatinha quando
nasce, espalha a rama pelo chão."
• - Forma resultante – "Esse menino não
pára quieto, parece que tem bicho carpinteiro!"
- Forma original – Esse menino não
pára quieto, parece que tem bicho no corpo
inteiro!"
Há outra explicação para
essa frase, que a associa ao escaravelho, também chamado
“bicho carpinteiro” (PIMENTA,
2002: 40).
• - Forma resultante – "Cor de burro
quando foge."
- Forma original – "Corro de
burro quando foge."
A expressão refere-se a cor indefinida
e lembra o tempo em que animais andavam soltos pelas cidades.
• - Forma resultante – "Quem tem boca vai
a Roma."
- Forma original – "Quem tem boca vaia
Roma." (verbo “vaiar”)
• - Forma resultante – "Quem não
tem cão, caça com gato."
- Forma original – "Quem não
tem cão, caça como gato.”
(sozinho)
Essas e outras expressões populares equivocadas acabam
adquirindo significado próprio, popularizam-se e geralmente
se impõem também na língua culta. Com
o passar do tempo, as pessoas repetem-nas sem sequer conhecer
a forma original.
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